28 de Abril - Dia da Educação

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Como quase todos as outras postagens que falam sobre os dias eu não sabia que existia, descobri que há um dia específico para se comemorar a educação!
Em vários sites encontrei algumas informações que achei interessantes sobre o dia e decidi compartilhar com vocês.

No SmartKids encontrei a seguinte definição:


Geralmente, quando se fala em educação, pensamos imediatamente em escolas, alunos, professores, livros, materiais pedagógicos. Ou seja, a palavra remete ao universo escolar.
No entanto, a escola não é o único lugar onde a educação acontece. A educação existe tanto em sociedades tribais de povos caçadores agricultores ou nômades, quanto em sociedades de países desenvolvidos e industrializados.
O dia 28 de abril é dedicado a este importante elemento de aquisição e de transmissão de cultura.
Geralmente, quando se fala em educação, pensamos imediatamente em escolas, alunos, professores, livros, materiais pedagógicos. Ou seja, a palavra remete ao universo escolar.
No entanto, a escola não é o único lugar onde a educação acontece.

No Portal São Francisco que é o que eu particularmante mais gosto a definição é a seguinte:


Que a educação deveria ser um dos maiores investimentos em qualquer país, ninguém duvida. Mas a questão da educação ainda é séria no Brasil. Apesar de índices demonstrarem que, cada vez mais, os índices de analfabetismo, de evasão escolar e de repetência vêm caindo, a situação ainda não é das melhores.

Existem vários fatores que contribuem para a evasão escolar e para o analfabetismo. A grande maioria das crianças que estuda na rede pública sofrem, além da deficiência do ensino, dificuldades com transporte e alimentação. Além disso, muitas crianças precisam ajudar os pais a trabalhar e cumprem uma jornada dupla que interfere brutalmente no rendimento escolar.
Se já é senso comum dizer que as crianças são o futuro do país, nada mais justo que criar condições para elas estudarem. E está provado também que, quanto maior o nível de instrução, maior a chance de encontrar trabalho.
E quando adulto, quanto maior o nível de escolaridade dos pais, maior será o nível de escolaridade dos filhos também. O Brasil gasta um média de 5,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) na educação, mas ainda não consegue suprir a demanda de estudantes.

O que acham será que a educação é apenas isso que os sites apontam?

Notícias - 25/04/2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011


Notícias 25/04/2011
SUMÁRIO

Fonte: O Estado de S. Paulo
25 de abril de 2011 | 9h 50
AE - Agência Estado

O incêndio que destruiu o Teatro Cultura Artística, em agosto de 2008, levou sua diretoria a atentar para a importância da história da instituição. Dois anos e meio após o incidente, foi finalizada a catalogação do acervo da Sociedade e iniciada sua digitalização, no início do mês.
Até novembro, será lançado um DVD duplo para distribuição gratuita a escolas, bibliotecas e entidades de pesquisa. No total, são 1.818 programas dos saraus realizados pela entidade desde 1912 (20 mil páginas em diferentes formatos) e mais 1.300 fotos de artistas e espetáculos. O lançamento do DVD é parte das comemorações do centenário da instituição, celebrado no ano que vem.

"Foi por pouco que as chamas não consumiram todo esse acervo. Perceber que ficaram a salvo (em duas salas próximas do painel de Di Cavalcanti, que também se salvou) atentou para a necessidade do processo de digitalização", afirma Eric Klug, responsável pelas relações institucionais da Sociedade de Cultura Artística.

As imagens presentes no DVD contarão a evolução da Cultura Artística, cujas apresentações hoje têm por base, principalmente, a música lírica erudita. No começo, não era assim. "Muitos dos primeiros saraus eram sobre literatura e arte brasileiras populares, era o foco da instituição no início. Essa informação muitos ignoram", disse Klug.

A expectativa da direção da Sociedade é finalizar a construção do novo teatro até o fim de 2012. A primeira fase da reconstrução, o restauro do painel de Di Cavalcanti, que fica na fachada do teatro, termina em dois meses. Nos próximos meses, começa a etapa de reconstrução do teatro, estimada em R$ 30 milhões. Depois começará a última etapa de reconstrução, que custará R$ 45 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Fonte: O Estado de S. Paulo
Áspera e poética, escritora reflete sobre os problemas da sociedade atual
25 de abril de 2011 | 0h 00
Ubiratan Brasil - O Estado de S.Paulo

Incomodada com qualquer injustiça, Lya Luft não se resigna a se lamentar - deixa o raciocínio fervilhar e escreve. E, ao sabor de sua forma predileta de se dirigir ao leitor (direta e coloquial), coleciona ensaios que não apenas revelam suas perplexidades, como também focam o drama existencial humano. É, portanto, sobre guerras, miséria e política, entre outros assuntos, que trata A Riqueza do Mundo, seu mais recente livro, lançado agora pela editora Record.

Lya. Para a autora, o tédio nasce do excesso de ofertas e da falta de exigências e estímulos
Na obra, Lya trata de perdas e ganhos (título, aliás, de um de seus maiores sucessos) - dos delírios da arte e das aventuras da ciência como também da educação que empobrece a mente e da pobreza provocada pelo desinteresse. O pessimismo, no entanto, é apenas aparente, embora regado a muito ceticismo: Lya é uma mulher conectada em seu tempo. Sobre o assunto, ela respondeu, por e-mail, as seguintes perguntas.
O título do livro vem de uma crônica desalentada, pois aponta diversos problemas do mundo. Uma ironia?

Não pensei em ironia ao colocar o título, pode até ser. Tudo é ambíguo, tudo tem várias interpretações - isso torna a vida mais interessante, não é? Mas eu quis abranger nesse titulo a riqueza material, os bilhões e trilhões que circulam no mundo e tanta gente morre de fome, de frio, de sujeira e desamparo, de falta de educação e instrução; incluo também a riqueza dos afetos; a questão, para mim eterna, da família; dos novos casamentos; de como se enxerga a velhice; de como nos vemos, nos tratamos, nos pensamos; etc., etc., etc.
A amargura e o tédio são os grandes males contemporâneos? Por que vivemos tão cheios de desgosto?

Não sei qual seria o grande mal contemporâneo, mas possivelmente o desassossego, o excesso de possibilidades e a dificuldade de discernir e escolher, a violência, e a fragilidade de alguns laços de afeto. O tédio nasce do excesso de ofertas e da falta de exigências e estímulos. Ninguém mais é reprovado na escola, os pais não dizem "não" pois estão cheios de teorias tolas, o sexo é oferecido com uma banalidade horrorosa. Mercado de trabalho complicado, a meninada mora com os pais até 30 anos... Enfim, muitas coisas nos afligem. Mas também existem o belo e o bom: temos paciência e tempo, e gosto para curtir isso, ou somos, como escrevi recentemente, trogloditas com o dedo no Touch Pad, que nem se dão conta do espreitar da morte?
A literatura está dando conta da realidade atual, complexa e acelerada?

Não sei se literatura tem de dar conta da realidade. Essa que eu faço, ficção, crônica, pequenos ensaios, pode se contentar com a fantasia; com pequenos fatos ou preocupações; com o cotidiano miúdo ou os grandes medos. A realidade, será que ela existe, ou existe o que cada um de nós enxerga?
Essa relação íntima entre a literatura e a realidade mais imediata não pode significar que a literatura, de alguma forma, jamais se livra do poder?

Nunca me liguei a nenhum poder. Vivo quase enclausurada em meu apartamento em Porto Alegre. Não dependo de política nem de poder nenhum, só quero que meu livro saia direito, correto, e atinja um público razoável. Claro que existe arte ligada ao poder. Até agora consegui, conscientemente ao menos, me esquivar disso.
Você acredita que há um aspecto litúrgico na prosa?

Toda arte tem aspectos litúrgicos, sim. Ou vira banalidade pura, o que para mim não é arte. A boa prosa tem em suas entrelinhas um vento de poesia. Na arte existe, mesmo na naïf, algo de solene, que não cabe nas palavras, que tem um toque mágico. Há quem ache isso bobo. Eu levo muito a sério. Eu sou uma pessoa muito comum, que lida com algo nada comum, que rodeio e rondo com enorme respeito.
Incomoda o preço a pagar por uma estética que está, sempre, muito ligada à realidade mais imediata?

Não sei se você fala em estética física, corporal, ou estética na literatura. Deve ser essa última. Não pago preços, ou são tão minúsculos que não me dou conta. A realidade mais imediata eventualmente me interessa e falo nela (a corrupção na política, o mau uso do poder), mas há por trás de tudo algo mais amplo, que é a vida, que é a morte, que é esse tempinho em que estamos aqui e nem paramos para pensar.
O maravilhamento e a fantasia são fundamentais na criação de um leitor apaixonado?

Há grandes leitores que não gostam de ficção nem fantasia. Leem outras coisas. Mas no imaginário, no fantástico ou fantasioso, no mágico ou como queiram dizer, há uma riqueza incalculável, que nos torna mais humanos. Minha cachorrinha tem fome, tem sede, tem sono. Mas para ela o mágico, o imaginário, não existe. Quando dorme, e sonha, e choraminga, deve ser sonhando com um osso que lhe tiraram. Sem ilações ou discussões.
Não lhe parece impressionante o poder que a ficção tem de interferir na realidade e, até, de criar novas realidades?

Sim. Por isso é preciso tanto cuidado com ela, tanto respeito por ela, e pelo público, por exemplo, de novelas ou filmes, que muitas vezes exploram o pior da realidade, como se fosse o normal. Como se fora da violência, do sexo banalizado ou doentio, da agressividade, e da droga, todo o resto fosse efêmero, desimportante e infantil.
A literatura é uma opção de vida?
Para mim acabou sendo, mas só agora, no vestíbulo da velhice - ou no auge da maturidade como eu penso. Por quase toda a minha vida trabalhei como tradutora, todos os dias, muitas horas, para pagar a escola dos filhos, ou supermercado, as férias de verão, pois o pai das crianças não teria podido fazer isso sozinho, e eu gostava dessa atividade. Só com o crescimento das vendas de meus livros, há coisa de dez anos, pude realmente viver quase só de literatura, os artigos na Veja, eventuais palestras (recuso muito, demais, sou preguiçosa e preciso d e tranquilidade, meu bem estar me vale mais que algum dinheirinho sobrando). Mas se tiver de voltar ao trabalho maravilhoso e braçal de traduzir bons livros, eu volto sem problema. Viva e lúcida, produzir é muito bom.

A Riqueza do Mundo
Autora: Lya Luft
Editora: Record (272 páginas, R$ 34,90)
Fonte: DCI

São Bernardo do Campo - O prefeito de São Bernardo do Campo (SBC), Luiz Marinho, (PT) deu o pontapé inicial para a instalação de dez novos pontos de cultura na cidade. Através de edital público lançado no ano passado a cidade oferecerá aportes de R$ 1, 8 milhão sendo metade dos recursos do governo federal e o restante proveniente do município. Os contratos possuem duração de três anos e cada uma das entidades receberá R$ 180 mil ao longo desse período.

De acordo com o chefe do Executivo, os espaços são parte da política de inclusão e desenvolvimento social, que visa cuidar de jovens e adolescentes do município. "Em nossa cidade, a cultura está presente em todo o território e possibilita a descoberta de novos talentos. Nosso desafio é recuperar os espaços públicos, mas é preciso trabalhar em conjunto com as outras secretarias e buscar recursos privados, por meio da Lei de Incentivo Fiscal", disse.

O prefeito ainda destacou que está reestruturando diversas áreas da cidade a fim de tornar São Bernardo referência em políticas públicas.

O vice-prefeito e secretário de Cultura, Frank Aguiar (PTB), também parabenizou os representantes dos Pontos de Cultura e lembrou a falta de sensibilidade no passado, que fez com que o projeto não fosse implementado. O titular da pasta também falou sobre o Plano Nacional de Cultura, do governo federal, do qual foi relator na época em que exerceu o mandato de deputado federal, e sobre a importância do setor, responsável por cerca de 8% do Produto Interno Bruto brasileiro.

Projetos

Um dos projetos consolidados em São Bernardo, que faz parte da iniciativa, é o Centro Cultural Afro-Brasileiro Francisco Solano Trindade, localizado no Jardim Maria Cecília. O espaço, fundado em 1998, possui um vasto histórico de militância, especialmente relacionado a pesquisa, preservação e difusão das culturas de matrizes africanas.

Seu Ponto de Cultura, denominado Fôrma de Música, irá beneficiar adolescentes, entre 13 e 17 anos, da região do Jardim Ipê. Durante os três anos de implantação serão realizadas oficinas de violão, harmonia, ritmo e percussão.

As aulas devem ter início em maio e serão acontecerão uma vez por semana, no período da manhã e tarde, com duração de três horas cada.

Juliana Cristina



Fonte: Folha de S. Paulo
PARK SANG SHIK

Embora geograficamente muito afastados, Coreia e Brasil têm desenvolvido uma relação próxima, notadamente nas áreas econômica e cultural

Apesar do muito dito em contrário, São Paulo é uma cidade de belezas. Um exemplo é a beleza de suas árvores, como os ipês roxos e amarelos. Além do arvoredo natural, São Paulo traz em si a floresta da cultura. E, em meio às tantas árvores dessa cepa, encontra-se a da cultura da Coreia.
Embora estejam geograficamente muito afastados, Coreia e Brasil têm desenvolvido uma relação próxima, especialmente nas áreas econômica e cultural.
Recentemente, o então presidente Lula e a presidente eleita Dilma Rousseff viajaram à Coreia para participar da reunião do G20 em Seul. Em 2009, para comemorar os 50 anos de relações diplomáticas entre Coreia e Brasil, tivemos muitos eventos culturais, como a vinda do Balé Nacional da Coreia.
Em 2010, o bairro do Bom Retiro foi designado"bairro coreano" pela Câmara de São Paulo. Os bons exemplos desse intercâmbio não param por aqui.
Desde 2001, é promovida uma mostra de cinema coreano em parceria com o Centro Cultural São Paulo. Os filmes selecionados possuem excelência artística e boa receptividade por parte do público local. Tanto o Centro Cultural quanto o Consulado desejam que o evento cresça cada vez mais e contribua para que se realize também na Coreia uma mostra semelhante com filmes brasileiros.
Todos os anos, a Federação de Taekwondo do Estado de São Paulo organiza um festival do esporte. Em 2010, dentro desse programa, os paulistanos tiveram a oportunidade de assistir à apresentação da equipe K-Tigers no Sesc Pinheiros, o que contribuiu para a difusão do esporte e, por meio dele, para a promoção da saúde e da qualidade de vida na capital.
Pela primeira vez, foram instituídas na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo disciplinas optativas, com validação de créditos, de língua e de cultura coreana, com o apoio do Consulado Geral da República da Coreia.
Neste ano, pela quinta vez consecutiva, será realizada em outubro a exposição "Hangeul + que um Alfabeto", mostra interativa sobre o alfabeto coreano que tem sido bem recebida pelo público local.
O governo da Coreia estuda ainda a abertura de um Centro Cultural Coreano em São Paulo para o próximo ano; caso ele se concretize, será um instrumento fundamental para a intensificação das trocas entre as culturas dos dois países.
O ano de 2013 será especialmente propício para incentivar o intercâmbio cultural, pois haverá a comemoração do 50º aniversário da imigração coreana no Brasil.
Como se pode ver, a árvore da cultura coreana está crescendo e estendendo seus galhos em várias direções. É, portanto, nossa função regar e cuidar dessa árvore, para que ela continue seu desenvolvimento estável e vigoroso.
Para isso, contamos com a colaboração das autoridades e dos cidadãos brasileiros e coreanos aqui residentes. As flores, os frutos e a sombra dessa árvore da cultura serão de todo o Brasil.

PARG SANG SHIK é cônsul-geral da República da Coreia em São Paulo.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

Fonte: DCI
                        
são paulo - A professora Mônica Oliveira, habilitada em Rádio e TV pelo Centro Universitário Belas Artes, na capital paulista, e que também é pós-graduanda em Cinema Documentário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), promoverá no mês de maio o curso de Roteiro de Ficção em Cinema.

Composto por aulas práticas e teóricas o curso fará uma introdução básica à criação de um roteiro de ficção, apresentará elementos da dramaturgia, construção de personagens, elaboração do argumento, conflito e trama, além de outros temas.

Nos encontros os participantes vão exercitar os assuntos que serão abordados e, a cada encontro, uma atividade diferente será desenvolvida.

As aulas serão realizadas apenas nas noites de quinta-feira, entre os dias 19 de maio a 9 de junho, com duração de quatro horas e um investimento de cerca de R$ 252.

As inscrições deste curso, como também de outros em Arquitetura, Artes, Design, Comunicação, Cultura e Relações Internacionais, estão abertas. Para obter mais informações acesse o site: www.belasartes.br/cursoslivres ou entre em contato através do telefone (11) 5576-7170.

rafael diaspb




Fonte: DCI

são paulo - Cerca de 500 pessoas estiveram na festa de comemoração aos 10 anos de existência do Grupo Municipal de Dança, programa mantido exclusivamente pela Prefeitura de Nova Odessa. O evento realizado pela Coordenadoria de Cultura e Turismo no dia 9 de abril, no Saguão do Paço Municipal, reuniu alunos, pais, admiradores do grupo, além de ex-alunos.

Durante a comemoração, a atual equipe de dançarinos do programa municipal preparou um desfile especial com os principais figurinos utilizados em apresentações regionais e municipais durante seus dez anos de existência. Paralelamente, foram exibidos vídeos e imagens de feitas da trajetória do grupo.

Para homenagear a todos os bailarinos, a coreógrafa Rose Blanco, que está à frente do programa há 10 anos, voltou aos palcos e apresentou, junto a seus alunos, a coreografia "Ghosts".

Por fim, foi apresentado pelas alunas Bruna Fagundes e Giovanna Zuca o novo uniforme em comemoração aos dez anos de existência do programa, além da entrega de uma placa de agradecimento e reconhecimento do trabalho realizado para o município à coreógrafa. E entrega foi feita pela vice-prefeita Salime Abdo.

O grupo ainda realizou uma homenagem à costureira Diva Valente, que há 9 anos se dedica aos alunos.

Durante seus dez anos, o grupo já atendeu a cerca de 2 mil alunos, de diversas idades.

As comemorações ao 10º aniversário continuam nos próximos dias 29 de 30 de maio, quando acontece o Festival de Dança "O Rouxinol do Imperador".

O evento deve acontecer no Ginásio Municipal de Esportes Jaime Nércio Duarte, no Jardim Santa Rosa.

rafael diaspb




Fonte: Folha de S. Paulo
Caderno: Cotidiano / pg. C1

Tucano encerra projeto criado por Serra que atendeu a 80,8 mil alunos em 2010

Cursos nos centros da própria rede, afirma a secretaria, serão ampliados, mas não existe prazo para isso

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) acabou com o programa criado por seu antecessor, José Serra (PSDB), que oferecia aulas extracurriculares de idiomas em escolas privadas a alunos da rede estadual. Em 2010, haviam sido atendidos 80,8 mil alunos.
Além das aulas regulares de inglês e espanhol, alunos das escolas estaduais podiam fazer cursos extras de idiomas na rede particular, por meio de uma bolsa concedida pelo Estado, ou em centros de idiomas que existem na própria rede pública.
Para a atual Secretaria da Educação de SP, os cursos em seus próprios centros de idiomas (que hoje atendem a 58 mil alunos) são mais baratos, têm evasão menor e, por isso, serão ampliados.
Por enquanto, os 80,8 mil alunos que fizeram os cursos na rede particular estão sem aulas desde o início do ano.
Segundo a Folha apurou, a secretaria apresentará nos próximos dias proposta para oferecer 200 mil vagas nos seus centros de idiomas.
Cerca de 3 milhões de alunos entre a sexta série e o terceiro ano do médio podem usufruir do benefício.
A secretaria, porém, não explica quando as aulas irão começar nem como conseguirá ampliar o atendimento, já que muitas escolas não têm infraestrutura para essas aulas a mais.
Para a gestão Serra, convênios com escolas como CCAA, Cultura Inglesa e Wizard eram a melhor forma de expandir vagas, pois os seus centros estavam presentes em só 98 dos 645 municípios.
Em nota à Folha, a atual secretaria diz que, para atender a 80,8 mil alunos na rede privada, o Estado gastou o equivalente a R$ 507 por aluno/ano. Para os dos seus próprios centros, R$ 14.
Mas o dado informado pela pasta desconsidera gasto com salário dos docentes, que são da própria rede -a secretaria disse que não seria possível fazer esse cálculo.
Ainda segundo a gestão Alckmin, a taxa de evasão nos seus centros de idiomas foi de 14%, "bem inferior" aos 32% nas particulares.
Durante a campanha eleitoral do ano passado, Alckmin prometeu que 600 mil estudantes iriam fazer curso extracurricular de idiomas -não especificou, porém, se seriam por meio da rede particular ou dos centros.
Secretário da Educação do governo Serra, Paulo Renato Souza não quis comentar a decisão do atual governo de encerrar o programa nem as críticas em relação aos custos. Disse apenas "lamentar a decisão". "Era um programa pelo qual o próprio Alckmin tinha apreço."



Fonte: Folha de S. Paulo
Caderno: Cotidiano / pg. C2

Estudante entrevistada em divulgação de programa lamenta fim de convênio

Especialistas dizem que ampliação de aulas extras em centro de idiomas do próprio governo é positiva

RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A estudante Isabella Baggio, 19, uma das beneficiadas com uma bolsa do governo paulista em uma unidade da Cultura Inglesa em Sorocaba (interior de SP), diz que gostaria de continuar o curso.
"Infelizmente a bolsa terminou e minha condição financeira não me permitiu continuar", diz Isabella.
Na época do lançamento do convênio, a estudante foi entrevistada pela assessoria de imprensa da Secretaria da Educação justamente para divulgar o novo programa.
"Foi bom para a turma. Tinham pessoas interessadas porque o inglês na escola estadual é fraco."
Para especialistas, a decisão da gestão Alckmin (PSDB) de suspender os convênios e ampliar o número de aulas extras em seu próprio centro de idiomas é positiva.
"O ideal é que os recursos destinados a parcerias como essas fossem investidos na própria escola, ampliando, por exemplo, a capacidade desses centros", diz Marília Mendes Ferreira, professora de ensino e aprendizagem da língua inglesa da USP.
"Se o curso fosse complementar ao conteúdo pedagógico do Estado, talvez as bolsas funcionassem. Mas essa carga horária [80 horas] já limita o ensino", diz Marília.
Claudia Hilsdorf Rocha, coordenadora do Centro de Estudos de Língua da Unicamp (Universidade de Campinas), tem opinião parecida.
"Essas escolas de inglês provavelmente não se adaptaram à metodologia e ao conteúdo das escolas estaduais para atender aos novos alunos", diz a coordenadora.



Fonte: Folha de S. Paulo
Caderno: Saber / pg. C9

Professor americano traz conflitos globais para sala de aula e alunos aprendem sobre cooperação e tolerância

Fotos Will May/World Peace Game
 
John Hunter com seus alunos em cenas do documentário "The World Peace Game and Other 4th Grade Achievements"

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

A aula começa com a leitura de uma passagem de "A Arte da Guerra", obra do chinês Sun Tzu (544- 496 a.C). Na sequência, os alunos pulam das cadeiras para confabular entre si.
Afobados, discutem como resolver o aquecimento global, o preço do petróleo, uma invasão de terras. O sino no corredor toca e a aula acaba, assim como mais uma fase do "Jogo da Paz Mundial".
Poderia ser uma aula qualquer, mas trata-se de um complexo exercício de simulação política criado há mais de 30 anos pelo professor americano John Hunter, 56.
"Crianças têm um instinto natural de fazer o bem, seja a alguém com problemas ou ao inimigo. É o que chamo de compaixão espontânea", diz Hunter à Folha, por telefone, de uma escola de Charlottesville, no Estado de Virgínia, onde ensina.
Filho de professora, Hunter cresceu na época da segregação racial, no interior do Estado, e fez parte das primeiras classes a misturar brancos e negros nos bancos da rede pública.
"Com o jogo, os alunos aprendem a não seguir o caminho do poder, da destruição e da guerra. Eles aprendem a reagir contra impulsos e a pensar a longo prazo."
No "Jogo da Paz Mundial", que dura cerca de dois meses, Hunter oferece aos estudantes os cargos de primeiro-ministro de quatro países fictícios, além de outros postos, como o de secretário-geral da ONU. "Mas eles escolhem seus times. E digo sempre: "não pense só no seu melhor amigo, mas em quem pode fazer o melhor trabalho"."
Por duas semanas, a classe estuda um dossiê de 13 páginas escrito por Hunter, no qual dezenas de crises precisam ser resolvidas para terminar o jogo. Uma torre com quatro tabuleiros de acrílico traz pecinhas que representam o Exército de cada país, as riquezas, as minorias etc.

"SERIOUS GAME"
"Esse jogo é muito sério, aprendemos de verdade", diz um estudante no recém-lançado documentário de Chris Farina, "World Peace Game and Other 4th Grade Achievements".
Durante o jogo, descobrem-se também pequenos tiranos. Hunter lembra de um aluno "arrogante" que criava problemas com os outros e acabou causando um desastre ambiental numa plataforma de petróleo.
"A sabedoria coletiva cuidou do caso. O aluno foi levado a tribunal pelos colegas. Ele se desculpou e voltou ao jogo. E mudou sua atitude depois disso", conta.
Hunter criou, no ano passado, uma fundação para disseminar os conceitos do jogo. Amanhã, dá palestra na escola de pós-graduação em educação de Harvard e, em julho, tem agendada sua primeira formação para docentes, em Boston, nos EUA.
"Quero que os alunos tirem do jogo ferramentas criativas para usar no mundo e, quem sabe, melhorá-lo."



Fonte: Folha de S. Paulo
Caderno: Saber / pg. C9

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Os jogos que propõem uma transformação social são uma tendência", afirma Asi Burak, copresidente da "Games for Change" (Jogos pela Mudança, em inglês), organização que apoia programadores de jogos eletrônicos de impacto social.
O conflito entre Israel e Palestina ou a situação de refugiados são alguns dos temas desses games. "Eles permitem que as pessoas se coloquem no lugar da outra, mudando sua perspectiva", diz Burak.
A "Games for Change" (G4C) chega ao Brasil neste ano. O primeiro festival da organização será em novembro em Salvador.
"Participamos do desenvolvimento de novos jogos, com conteúdos que incluem trânsito e cidadania", diz Gilson Schwartz, da G4C no Brasil.
"Os jogos poderosos são os que ensinam", diz Burak. (MARINA MESQUITA)


Fonte: DCI

Ribeirão Preto - A Prefeitura de Ribeirão Preto, cidade localizada a 313 quilômetros da capital bandeirante, vai instalar catracas e identificadores biométricos, com leitura digital, em todas as escolas de ensino fundamental da rede municipal. A ação é no mínimo curiosa, e chama a atenção da população local que sempre cobra realmente por mais segurança nas áreas públicas da cidade, assim como na maioria dos municípios. A decisão foi anunciada recentemente, no começo do mês, um dia depois do massacre ocorrido na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, em que 12 alunos foram mortos a tiros por um ex-estudante da instituição.

A secretária de Educação da cidade, Débora Vendramini, reconhece que a decisão foi motivada pelo ataque no Rio de Janeiro. Segundo Vendramini, porém, o plano está em discussão desde julho do ano passado e visa preservar alunos, professores e funcionários, e garantir a segurança patrimonial das unidades no município. A prefeitura tem uma rede com 20 mil alunos.

A secretária afirmou que o número de catracas e identificadores biométricos necessários nas escolas está sendo levantado, e que em até 60 dias a primeira unidade receberá os equipamentos para atuar como uma experiência-piloto. "Temos de preservar as vidas dos alunos, dos professores e funcionários, e também todos os equipamentos auxiliares no ensino dos estudantes, como computadores. Por isso vamos controlar o acesso de todas as pessoas nas escolas", disse Débora. Já a prefeita da cidade, Dárcy da Silva Vera (DEM), procurou tranquilizar os familiares dos alunos das escolas municipais, que a questionaram se haveria chance de uma tragédia como a ocorrida em Realengo se repetir em Ribeirão Preto.

"Todas as 96 unidades escolares possuem vigias em período integral, inclusive nos fins de semana e feriado. Além desta medida, as escolas contam com a segurança de duas empresas privadas, também de um sistema de trava nos portões de entrada e saída e um rigoroso acompanhamento dos alunos por parte da direção e funcionários na entrada e saída dos alunos", explicou a prefeita Dárcy Vera.

Calma

Preocupada com a vulnerabilidade das crianças e jovens durante o período escolar, a prefeita de Ribeirão, Dárcy da Silva Vera (DEM), convocou todos os diretores e muitos professores para uma reunião, na última sexta, realizada no Centro Educacional "Paulo Freire", Casa do Professor. A secretária da Educação, professora Débora Vendramini, também participou do evento, que teve como objetivo tranquilizar os professores da rede e anunciar investimentos em segurança.

Especialistas ouvidos pelo DCI acreditam, porém, que controlar o acesso às escolas é necessário, mas que o massacre de Realengo deve ser um fato isolado e, por isso, não pode influenciar políticas públicas.

"Não conheço o caso específico de Ribeirão, se há ou não ocorrências que justifiquem esse investimento, mas é preciso haver uma análise profunda antes de serem tomadas providências no calor dos acontecimentos", avalia Zilá Moura, doutora em Educação pela Unesp de Araraquara.

O professor Clodoaldo Cardoso, que há mais de uma década trabalha com o tema violência, acredita que a instalação do aparato de segurança é uma resposta importante.

"Não tanto por seus efeitos práticos, já que sabemos que qualquer sistema que depende da ação humana pode ser burlado, mas sim como forma de garantir a percepção de segurança, dar a sensação de que a cidade está fazendo algo sobre o assunto", explica.

Medidas

Vera também salientou que irá "endurecer" as normas da cidade, já rígidas, para garantir a segurança dos alunos. "Os pais podem ficar tranquilos, pois além das medidas de segurança adotadas nas escolas municipais, determinei que não seja permita a entrada de estranhos nas escolas, nem mesmo para divulgação de concursos, eventos ou outros assuntos. Também licitamos a instalação de catracas nas escolas para própria segurança dos alunos", reforçou a prefeita Dárcy Vera.

Ainda de acordo com a prefeita, a tragédia ocorrida na manhã da quinta-feira do dia 7 de abril, na escola municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, ganhou proporções internacionais, mas também abalou pais de alunos de Ribeirão Preto.

"Peço hoje a vocês diretores que tranquilizem os pais quanto à segurança que nossas escolas oferecem aos alunos. Sei que muitos se abalaram com o acontecimento [do Rio de Janeiro] e naturalmente se questionam quanto à segurança de suas crianças. Cabe a vocês explicarem todas as medidas de segurança que sempre aplicamos nas escolas, e mostrar a eles que seus filhos estão seguros. Os pais confiam a nós seu maior tesouro, os filhos, e nós trabalhamos para oferecer o melhor a eles."

Eduardo Schiavoni



Fonte: DCI

Além da instalação de um aparato de segurança que inclui identificação por biometria digital e catracas eletrônicas, a prefeitura da cidade de Ribeirão Preto parece ter sido até mesmo rápida nas ações, ao anunciar uma parceria com entidades da sociedade civil para combater outras formas de violência que ocorrem dentro dos muros escolares. -

O representante da OAB, André Eduardo Vilela Cury, e a juíza Polyanna Sampaio Candido da Silva, divulgaram que a prefeitura, através da Secretaria Municipal da Educação, firmou uma parceria em que palestrantes da OAB debaterão nas escolas municipais temas voltados para questões como o bullying, pedofilia e violência, entre outros assuntos.

"Os temas do projeto 'A OAB vai à Escola' serão sugeridos pelos diretores de cada escola, de acordo com a necessidade da comunidade envolvida", explicou Cury. Embora o projeto já exista, ele passa a contar, segundo Cury, com foco diferente, mais ligado à prevenção de situações como a de Realengo, no Rio de Janeiro.

Segundo a secretária da Educação, Débora Vendramini, esta mobilização é importante, pois muitos casos de violência e crimes praticados, como este no Rio de Janeiro, são consequências de atos como bullying. "Devemos ter consciência e parar com esta pratica nas escolas", disse.



Fonte: O Estado de S. Paulo
Caderno: Vida / pg. A20
Pesquisa nas redes pública e particular de 895 cidades traça perfil de atividades infantis
25 de abril de 2011 | 0h 00
Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo

Na hora de brincar, as escolas brasileiras preferem os espaços abertos, como parquinhos e gramados, para divertir as crianças. Já as salas fechadas com televisões e computadores - recursos já bastante presentes no cotidiano dos alunos dentro e fora de sala de aula -, apesar de não serem descartadas na hora da diversão, não figuram como principal opção de área para interação escolar.

A conclusão é de uma pesquisa inédita do Programa pelo Direito de Ser Criança, da Unilever, com quatro mil escolas de educação infantil e ensino fundamental de todas as regiões do País - o levantamento considerou unidades públicas e privadas de 895 municípios. A ideia do mapeamento é saber onde, como e com o que as crianças brincam na escola, detectando as principais práticas adotadas pelos educadores. O programa também premia as escolas que apresentam as iniciativas que valorizam a experiência do brincar.
Nas escolas de ensino infantil, o espaço mais popular para as brincadeiras é o parquinho, onde as crianças utilizam brinquedos como escorregador, balanço e gangorra, com 88% de adesão. Em segundo e terceiro lugar, aparecem, respectivamente, a brinquedoteca, com 84%, e as áreas abertas, com grama e terra, com 77% da preferência. Já a sala de computação surge entre os últimos, considerada como mais importante por 25% das escolas.

O parquinho também é o mais lembrado entre as escolas de ensino fundamental, com 85% das citações. Mas a quadra esportiva também surge como espaço importante de interação (82%), junto com a sala de dança, o teatro e o auditório (76%). O uso das salas de vídeo e computador entre as crianças maiores também continua abaixo da média: 42% e 41%, respectivamente.

Tanto nas escolas de ensino infantil quanto fundamental, espaços como laboratório de ciências, cozinha e viveiros de animais foram os menos utilizados.

Apesar da liberdade que os espaços mais utilizados pelas escolas podem proporcionar, educadores afirmam que o brincar pode ser mais criativo. "As escolas estão retomando a ideia da espontaneidade na brincadeira, mas a presença de espaços estruturados, como o playground, ainda é forte", afirma Renata Meirelles, pesquisadora do brincar. "A criança, especialmente na primeira infância, deve ser produtora de sua cultura e gerenciadora de sua atividade. E isso não significa que o professor deva se afastar e se anular da atividade."

A opção por deixar recursos digitais de lado, segundo as escolas, surge exatamente pelo fato de eles já permearem a rotina das crianças. "Não damos esse enfoque porque elas parecem que já nascem sabendo de tudo isso", brinca Fatima Perin, diretora pedagógica e uma das proprietárias da Escola Fazendo Meu Caminho, na Pompeia, zona oeste de São Paulo. A unidade tem 50 crianças matriculadas. "Optamos por oferecer aos alunos a parte mais lúdica da experiência deles, resgatando a contação de histórias, a brincadeira de roda, de corda, de peão. A criança tem que ser criança por mais tempo, sem esse foco no consumismo que temos hoje."

Liberdade. O contato com a natureza, especialmente nas escolas de educação infantil, é tido como um trunfo na hora de brincar. "Como temos uma área externa muito ampla, tudo é transformado por eles em parte da brincadeira: lama, cimento, terra, pedras, barranco", explica Evaine Célia Desidério, diretora-geral da Escola Municipal São Francisco, que fica em Luzerna (SC) e tem mais de 200 alunos, só na educação infantil. A unidade foi uma das premiadas pelo programa.

Mesmo assim, as escolas afirmam que não eliminam o computador, o DVD, o aparelho de som e a televisão da rotina dos seus alunos. "Nossa prioridade é deixar que eles descubram a natureza e o espaço, mas não é por isso que não vamos ter uma brinquedoteca, um parquinho e uma sala de informática bem equipada - afinal, há dias em que chove e que não temos opção a não ser mantê-los dentro da sala de aula com esses recursos", conta Evaine.


Perfil do estudo

63%
das escolas são públicas

15%
das cidades brasileiras estão representadas

DEFASAGEM NO BRASIL
19,94%
dos alunos nunca frequentaram pré-escola, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos

COMPARAÇÃO
8,39%
é o porcentual médio nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)



Fonte: O Estado de S. Paulo
Caderno: Vida / pg. A20
Muitos são feitos de sucata, como forma de despertar consciência ambiental e ensinar práticas sustentáveis
25 de abril de 2011 | 0h 00
Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo

A pesquisa também diagnosticou os materiais mais utilizados nas brincadeiras escolares das crianças. De acordo com o levantamento, entre as unidades de educação infantil, 81% usam sucata e 75% utilizam brinquedos confeccionados pelas próprias crianças na hora do brincar - ambos foram os recursos mais lembrados. O computador, como recurso, foi novamente pouco utilizado: 23% das escolas o citaram.

Já nas escolas de ensino fundamental, apesar de o brinquedo mais citado ser o jogo pedagógico - lembrado por 80% das escolas - as sucatas diversas também aparecem com força, em 78% dos colégios. Em 36% das escolas consultadas, o computador, a televisão, o vídeo e o som aparecem como item fundamental na brincadeira.

"É essencial que a criança aprenda com a brincadeira e tenha liberdade para criar. Tendo contato com a natureza e com as sucatas, por exemplo, ela pode fazer isso", explica Paula Lopes, gerente de marketing de Omo, que realiza o Programa pelo Direito de Ser Criança.

Para as escolas, a iniciativa de reutilizar materiais serve para dar às crianças, desde pequenas, noções de sustentabilidade e de preservação do ambiente. "Os alunos utilizam caixas, tecidos, papelão, canos, troncos e folhas. Nossa ideia é não usar somente brinquedos estruturados e permitir, assim, que eles imaginem", afirma Maria Regina Zago Leite, diretora da Viverde Escola de Educação Básica, de Bragança Paulista (SP).

A unidade, que tem 515 alunos e também foi premiada pelo programa, considera-se uma eco-escola por estar localizada em uma área próxima a um rio e contar com uma horta e criações de animais, como ovelhas, vacas e coelhos.

"Incentivamos os alunos a aprender, ver e viver com o verde. O brincar hoje está muito escolarizado e cada vez menos inventivo", afirma Regina.

Proposta

MARIA REGINA ZAGO LEITE
DIRETORA DA VIVERDE ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
"O brincar na escola deve combater o consumo exagerado de brinquedos e tecnologia."




Fonte: Folha de S. Paulo

ESTUDANTES DA UNICAMP LANÇAM LIVRO COM PIADAS DE CDF

DE SÃO PAULO

Como o elemento químico potássio ri? Kkkkkkkkkk.
Não achou graça? Essa pode serde fato uma piada infame, mas talvez você não se lembre das aulas de química.
Afinal, "K" é o símbolo do potássio na tabela periódica.
Equações complicadas, termos obscuros da física e gírias de hackers são a matéria-prima dos gracejos de três estudantes da Unicamp que compilaram o livro "Piadas Nerds", lançado neste mês.
É preciso ser um bom aluno ou ter boa memória para rir das histórias contadas pelos rapazes. Mas esse atrito, eles dizem, é parte da graça.
"O mais gostoso é ver a cara que as pessoas fazem", afirma Paulo Pourrat, 24, aluno de estatística.
O livro surgiu com o twitter @piadasnerds - criado pelos amigos em 2009, fruto do desejo de dar vazão à criatividade CDF.
"Nós sempre usamos expressões da matemática entre nós", conta Luiz Fernando Alves, 23. "Ainda não existia esse tipo de twitter."
A galera curtiu e, mais importante ainda, retuitou a iniciativa. Hoje, são quase 90 mil seguidores do perfil.
"Uma vez, um colírio da ‘Capricho’ recomendou nosso twitter. Ganhamos 2.500 seguidores em pouco tempo", afirma Ivan Baroni, 27.
O sucesso do @piadasnerds vem em tempos em que sentar na primeira fileira da sala não é mais motivo para tanta vergonha. Há até o tal Dia do Orgulho Nerd, comemorado em 25 de maio.
"O nerd era um bobão, usava gravatas estranhas", brinca Ivan. "Sempre há preconceito, mas hoje é muito menor", pondera Paulo.
E mais engraçado. Afinal, sabe qual é o doce favorito do átomo? Pé de molécula.
(DIOGO BERCITO)

PIADAS NERDS
Ivan Baroni, Paulo Pourrat e Luiz Fernando Giolo
EDITORA Verus
QUANTO R$ 19, 140 págs.

Por que a célula foi ao psicólogo?
Porque ela tem Complexo de Golgi

Um químico resolve pintar usando um átomo de nitrogênio e três de hidrogênio. Qual é o nome do quadro?
Amônia Lisa

Mãe nerd não canta "Boi da Cara Preta" para o bebê, assobia a "Marcha Imperial"

O que Leonardo da Vinci pintou depois de assistir a "Cavaleiros do Zodíaco?"
A Saint Seiya



Fonte: Folha de S. Paulo

Rafael Sica diz que a ausência de palavras é parte do processo natural do trabalho: "o silêncio é mais inquietante e sugestivo"

DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

O ilustrador gaúcho Rafael Sica, 30, diz que os momentos de silêncio durante a entrevista não têm a ver com timidez. Ele é de poucas palavras. Nada que vá surpreender quem folhear a coletânea de tirinhas "Ordinário", que Sica lançou na semana passada pela editora Companhia das Letras.
As histórias -feitas em branco e preto com caneta, pincel e bico de pena- são mudas, não têm diálogos. "É o processo natural do meu trabalho", conta à Folha. "Tirei as palavras pouco a pouco. Vi que o silêncio é bem mais inquietante e sugestivo."
A parte da sugestão ele pôde ver em tempo real, conforme publicava os quadrinhos no blog rafaelsica.zip.net. "Os leitores deixavam comentários, tentando adivinhar o que eu estava querendo dizer", afirma. "Isso me agradou."
Outra peculiaridade do formato virtual é a liberdade. "Possibilita a experimentação, e não há a cobrança que eu tinha quando publicava tirinhas em jornais. Não é uma relação de trabalho."
Sica publicava HQs no Folhateen, no início dos anos 2000. As histórias reunidas em "Ordinário" foram publicadas on-line entre os anos de 2007 e de 2009.
São relatos da vida cotidiana em uma cidade, muitas vezes violenta e vazia. O gibi tem formato de Moleskine, com bordas arredondadas e as as tirinhas impressas na horizontal. Hoje, sua renda vem de trabalhos de ilustração. Ele já recebeu dois prêmios HQMix, de prestígio entre quadrinistas brasileiros.

ORDINÁRIO

AUTOR Rafael Sica
EDITORA Companhia das Letras
QUANTO R$ 29,90 (128 págs.)
Fonte: DCI

São Bernardo do Campo - O primeiro Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no Brasil, da empresa sueca Saab, será inaugurado em maio, em São Bernardo do Campo (SP). De acordo com a Saab o investimento ficará na casa dos US$ 50 milhões. O projeto de implementação esteve na pauta de discussões do 2º Laboratório de Aprendizagem em Inovação Brasil-Suécia realizado na última semana no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e pela Agência Sueca de Inovação (Vinnova).

"Já temos 15 empresas e universidades participando do projeto. Nossa meta é inaugurar a unidade com pelo menos 20 integrantes", informou o diretor técnico da Saab, Pontus De Laval. A segunda edição do Laboratório de Aprendizagem em Inovação reuniu cerca de 70 empresários, pesquisadores e representantes dos governos do Brasil e da Suécia para discutir oportunidades de cooperação industrial.

Segundo Laval, a iniciativa da Saab tem como objetivo proporcionar tanto experiências de conhecimento (pesquisa) quanto corporativas (negócios). O centro de P&D para o Brasil foi desenvolvido a partir de um modelo utilizado na Suécia, baseado na cooperação entre indústria, academia e governo. "A ideia é instalar a unidade, identificar as necessidades da sociedade brasileira e desenvolver as soluções a partir desde diagnóstico", completou.

Ele informou ainda que as áreas de pesquisa provavelmente serão relacionadas a setores como defesa, segurança, transporte, logística, energia e meio ambiente. "Estamos conversando com a Administração de São Bernardo para obter informações de empresas que possam trabalhar conosco. Acreditamos no desenvolvimento tecnológico do setor no ABCD e, tenho certeza, após os seminários, devemos anunciar novas parcerias em na Região", diz o diretor da Dassault Aviation no Brasil, Jean-Marc Merialdo.

Longa data

O namoro entre a Suécia e o campo industrial de São Bernardo não é novidade. Há quase um ano os suecos estudam a possibilidade de implementar na região tecnologia européia, de olho na conquista de uma possível licitação do governo federal para a renovação da frota da FAB (Força Aérea Brasileira), com a compra de 36 caças supersônicos. "A chegada desse P&D foi a forma da sueca chegar perto de SBC, que já possui todo um caracter industrial e começar a comer pela beiradas para fincar os pés no Brasil", afirmou Leandro Augusto, professor de engenharia de aviação da FEI.

De acordo com o acadêmico, a cidade poderá tirar dessa parceria valores imensuráveis. "Tentar delimitar quão bem fará para São Bernardo e o ABC uma gestão integrada de tecnologia aqui seria leviano. Além de todos os investimentos previstos, melhoria da economia e repercussão da cidade em escala nacional, a Saab poderá trazer ao ABC diversos projetos que reflitam no bem estar da cidade", previu o professor.

Motores a etanol

Outro exemplo de cooperação Brasil-Suécia é a parceria firmada entre a empresa brasileira Vale Soluções em Energia (VSE) e a sueca Scania, para desenvolvimento, produção e comercialização de motores a etanol e suas aplicações. O objetivo é viabilizar a utilização de motores pesados a etanol comercial, sem aditivos, com rendimento comparável aos motores diesel e com baixíssimas emissões de CO2 orgânico.

O diretor da Scania Latin America Per-Arne Ericksson disse que o Brasil é o melhor mercado para a empresa. "Já estamos vendendo nossos primeiros ônibus movidos a etanol para São Paulo e planejando uma nova geração de motores movidos a etanol e a gás", comenta. A Scania também está entre as empresas com centros de P&D no Brasil.

Juliana Cristina




Fonte: Folha de S. Paulo

FÃS DE GIBIS JAPONESES LANÇAM REVISTA COM AUTORES NACIONAIS EM FORMATO TRADICIONAL

DE SÃO PAULO

Faça o teste: vá a uma livraria no bairro japonês da Liberdade, em São Paulo, e dê uma olhada nas revistas de mangás. Você vai entender porque elas são apelidadas de "listas telefônicas".
Esses catataus, com centenas de páginas cada um, reúnem capítulos de histórias, de diversos autores. É um modelo tradicional japonês, que antecede a publicação dos gibis encadernados.
Fãs brasileiros de quadrinhos querem adotar a mesma técnica ao lançar a revista "Ação Magazine", reunindo trabalhos de artistas nacionais em estilo mangá sobre os mais diversos gêneros.

Esse formato específico funciona conforme a recepção dos leitores. As histórias que conquistam o público continuam a ser publicadas na revista e podem virar mangás encadernados como os já publicados por aqui. As outras são descartadas.

O projeto da "Ação Magazine", encabeçado pelo jornalista Alexandre Lancaster, agradou aos leitores de mangás ao propor essa tática. Mal foi anunciada, a publicação teve destaque nos blogs de quadrinhos. Em uma semana, as páginas disponíveis receberam 7.300 visitas.

A revista deve ser lançada no segundo semestre. Os detalhes Alexandre ainda não revela, mas adianta que as negociações com anunciantes já estão encaminhadas.

"Montamos uma empresa, não somos um bando de crianças. Levamos isso a sério", afirmou ao Folhateen.

"Não é uma aventura, é um projeto comercial",disse. "Muitos autores no Brasil fazem trabalhos autorais, mas queremos uma revista que tenha apelo à massa."

As histórias ambientadas no Brasil terão preferência na "Ação Magazine". E, se elas não fizerem sucesso, serão substituídas por outras, conforme o gosto do leitor. "A renovação é um processo natural e necessário", disse.

Entre os autores iniciais estão Fábio Satoshi Sakuda e Carlos Sneak ("Rapsódia") e Will Walbr ("Madenka!"), além do próprio Alexandre Lancaster ("Expresso!").
(DB)



Fonte: Folha de S. Paulo

1 O primeiro passo é publicar capítulo por capítulo em um almanaque, revista que reúne diversas histórias por edição ("Shonen Jump", por exemplo)

2 Essas revistas são tão grossas que ganharam o apelido de "listas telefônicas". O papel é de jornal

3 Se a história faz sucesso, continua a ser seriada na revista. Caso o público dê retorno negativo, o autor é substituído por outro

4 As sagas que fazem sucesso são publicadas no formato "tankobon", espécie de livro com todos os capítulos

5 Como as histórias são originalmente feitas como novelas, os capítulos são curtos, com começo e final impactantes