Notícias do Dia - 23 maio 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Notícias do Dia - 23 maio 2011
Sumário

Inscrições para o Enem começam a partir das 10h
Educação financeira pode entrar no currículo escolar
Boa percepção escolar melhora o desempenho
Governo de SP anuncia criação da Escola Virtual
Unesp adota software para evitar plágios



Fonte: Folha de S. Paulo

Inscrições para o Enem começam a partir das 10h


DE SÃO PAULO - As inscrições para a edição 2011 do Enem serão abertas às 10h de hoje. O candidato terá até as 23h59 de 10 de junho para se inscrever pelo site enem.inep.gov.br.
A prova ocorrerá nos dias 22 e 23 de outubro.
A taxa de inscrição custa R$ 35. Alunos da rede pública não pagam e os de escolas particulares podem pedir isenção.
Em 2012, haverá pelo menos duas edições do Enem.
A realização de mais de uma prova por ano é prometida pelo Ministério da Educação desde 2009, mas foi adiada devido aos problemas com a prova - vazamento em 2009 e erros de impressão em 2010.


Fonte: Valor Econômico

Educação financeira pode entrar no currículo escolar

Rosangela Capozoli | Para o Valor, de São Paulo
23/05/2011

Se depender do projeto piloto desenvolvido pelo grupo Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) os estudantes brasileiros poderão ter na grade curricular uma matéria que ensine a lidar com o dinheiro. Resultados apresentados na segunda semana de maio sobre essa primeira experiência são positivos. Do grupo de 12 mil alunos que receberam aulas sobre educação financeira, 50% tiveram resultados 4,3 pontos acima da média daqueles que não receberam. Os estudantes que participaram do projeto aprenderam a lidar melhor com o dinheiro e o significado de inflação, taxa de juros entre outros conceitos.

"Se o sucesso for realmente comprovado, o programa será oferecido para o sistema de ensino", afirma Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco, que também participa do programa. Segundo ela, "no teste de conhecimento financeiro feito nas escolas, a pesquisa demonstrou que o índice de alfabetização financeira após seis meses de aulas, em uma escala de 0 a 100, foi de 60,4 nas escolas onde houve o projeto, contra 56,1 nas 452 escolas onde a Enef não foi aplicada". "Esses 4,3 pontos de diferença são estatisticamente significativos, provam que os alunos de fato aprenderam mais", completa.

A Enef é um projeto que conta com a participação de diversos órgãos e instituições públicas e privadas, como o Banco Mundial, os ministérios da Educação e da Justiça, a Comissão de Valores Mobiliários e a Bolsa de Valores de São Paulo. "Educação financeira é um componente essencial para o currículo dos alunos. O projeto Enef está ensinando essa matéria a jovens da 2ª série do ensino médio de seis Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Tocantins e Distrito Federal", explica Wanda. Nessa empreitada, participaram cerca de 12 mil alunos de 439 colégios estaduais.

Durante o semestre, esses estudantes pouparam algum dinheiro todos os meses, contra 44% dos outros 12 mil alunos das 452 escolas onde não f oi realizado o projeto, e que serviram como base de comparação.

Cristian Quijada Torres, especialista em desenvolvimento do setor privado do Banco Mundial, afirma que "houve aumento do conhecimento dos alunos sobre taxas de juros, empréstimos e financiamentos, pagamento mínimo de cartão de crédito, seguros e imposto de renda". Segundo ele, "isso não ocorreu por acaso". "Foi verificado que, por causa do programa, ocorreu esse aumento da alfabetização financeira."



Fonte: Folha de S. Paulo
Caderno: Cotidiano
ENTREVISTA BRIAN PERKINS

Boa percepção escolar melhora o desempenho

DIRETOR DE ESCOLA DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES NOS EUA DEFENDE COMUNICAÇÃO E CONFIANÇA COMO PILARES DO APRENDIZADO

MARIA CRISTINA FRIAS
COLUNISTA DA FOLHA

Quanto melhor a percepção de alunos e professores com relação ao ambiente escolar, melhor seu desempenho acadêmico.
Esse é o principal resultado de pesquisas do professor Brian K. Perkins, do Teachers College, da Universidade Columbia, de Nova York, nos EUA, considerado um dos maiores estudiosos do impacto do clima escolar no aprendizado.
Entre as maiores queixas de alunos e profissionais está o bullying (provocação e intimidação no ambiente escolar). Para ele, o melhor modo de enfrentar o problema é promover fóruns de discussão sobre o tema.
Perkins defende também uma política de tolerância zero para agressões.
Para conseguir o envolvimento dos pais com a escola, o especialista sugere que se criem condições para que professores visitem as famílias dos alunos.
Perkins, que também dirige o programa Urban Education Leadership, de Columbia, deu palestra sobre o tema a diretores da rede pública estadual de São Paulo, na semana passada, a convite da Fundação Lemann.
A seguir, os principais trechos da entrevista concedida à Folha.

Folha - Qual a correlação entre ambiente escolar e os resultados dos alunos?
Brian Perkins - Notamos que alunos com percepção positiva do ambiente escolar eram estatisticamente correlacionados a resultados melhores em testes. O mesmo quando indagamos professores. Quando estudantes têm boa percepção, sua performance é melhor.


Quais são maiores reclamações nas escolas dos EUA?
Há três maiores. A primeira é bullying. Estudantes sentem que acontece frequentemente, de um jeito variado. Não é só violência física, mas também psicológica. Há também essa nova dimensão do bullying cibernético, quando alunos ameaçando e são atacados pela internet, pelas redes sociais.
A segunda preocupação nas salas de aula refere-se a expectativas de sucesso acadêmico. Estudantes de determinadas raças ou classes sociais são em alguns casos tratados melhor do que os que não são desses grupos.
Expectativas de que você como estudante tem de ter um bom desempenho ou, em alguns casos, quando eles dizem "não esperamos que você tenha bom desempenho".
E a terceira é a dimensão que chamo de confiança, respeito e cuidado. Se o aluno se sente respeitado e o professor se sente respeitado. Se há confiança entre professores e alunos, professores e diretores, pais e diretores.


Como criar esse ambiente baseado em confiança?
Acontece ao criar um fórum. Você não só espera que as pessoas saibam que podem acreditar em você. Elas têm de conhecer você como indivíduo confiável, baseadas na experiência. Não é só falando. É também fazendo. Algumas pessoas pensam que podem falar de um jeito e agir de outro. Mas você deveria viver o que você fala.


O que o sr. sugere? A professora deve ter um momento para conversar...
Certamente, deve haver um fórum. Pode não ser todo o dia, pode ser uma vez por semana. Você estabelece o tempo em que essa conversa ocorre. Às vezes são cinco minutos no final da aula. Ou feedbacks por escrito.
Distribuo papéis: digam uma coisa que foi bem e uma que não foi bem em nossa aula hoje. E aí eu tenho a chance de olhar e fazer ajustes.
Se alguma coisa aparece, que eu acho que foi importante e mencionada por muita gente, tenho a oportunidade de, no dia seguinte, esclarecer, de me desculpar.
E quando faz esse tipo de coisa, as pessoas começam a confiar. Porque eles acreditam que você está ouvindo e que você é um participante, que você não é uma pessoa na frente da sala e que esse é o seu reino. Que eles são participantes valiosos também.
Isso se constrói ao longo do tempo e, em alguns casos, têm de ser todos os dias. Na universidade, faço todos os dias. Às vezes, dizem "hoje foi um dia terrível", "isso não funcionou" e, outras vezes, "eu adorei nosso exercício".
Levo tudo em consideração. Em alguns dias, não há nada que possa fazer diferente. Mas comunicar é importante e não leva muito tempo. Minha recomendação é que construa experiências que permitam às pessoas confiar em você, a conhecê-lo e a respeitá-lo. Não acredite que isso acontece apenas porque estamos na sala juntos. Faça de propósito.

Professores mais rigorosos ou mais liberais, quem, em geral, têm mais problemas com bullying? Eles têm um papel?
O bullying acontece independentemente de o professor ser severo ou não. Alunos vão encontrar um jeito de fazê-lo se esse for o seu estilo, fazem de outras maneiras em outros lugares e horários.
Estou convencido de que 90% do mau comportamento dos alunos é resultado de um mau programa de ensino.
Se estou em frente da classe e uso metodologias que são envolventes, que fazem os alunos ouvirem, se os mantenho entusiasmados com o que estamos fazendo e se isso é relevante para eles, sobra menos tempo...
Mas se o que estou falando faz você dormir, ficar entediado, você fica procurando coisas com que se envolver...
Vi escolas no Rio onde os alunos estavam animados fazendo matemática. Fiquei olhando e era por causa do que o professor estava fazendo. E como o dia estava estruturado: o professor usando só alguns minutos para dar informações novas e deixando os alunos trabalharem em pequenos grupos e conversar e ensinar uns aos outros.
Você tem melhores resultados quando as pessoas se sentem confortáveis, abertas a aprender. Controlar a situação não é ter as pessoas sentadas quietas, mas sim tê-las envolvidas.
Quando entro em uma classe onde as pessoas estão olhando quietas para o professor, não considero essa uma boa experiência de aprendizagem. Não somos robôs e não aprendemos só ouvindo.
Seres humanos aprendem fazendo. Aprendemos língua ouvindo, falando e escrevendo. Os bons professores introduzem a informação e dizem "pratiquem".
Posso ir de aluno em aluno e fazer perguntas, "você fez um erro aqui, me explique como você pensou isso". Enquanto pergunto, há alunos que entenderam e ajudam outros a seu lado.
Já vi estudantes que trabalham tão bem quanto qualquer professor, explicando como fazer. E eles aprofundam seu conhecimento ao ensinar.

Sobre o caso na escola de Realengo, no Rio, onde um ex-aluno matou estudantes, é possível dizer algo sobre o papel do bullying?
Pelo que li, era um ex-aluno infeliz com sua experiência na escola. Mas não foi diferente do que ocorreu nos Estados Unidos. Tivemos uma meia dúzia de assassinatos em escolas. Não se pode atribuir sempre a culpa à escola, mas é importante minimizar as más experiências nesse ambiente.

Tornou-se uma tendência atribuir tudo a bullying no Brasil...
Aconteceu o mesmo nos EUA. Mas, realmente, penso que, também aqui no Brasil, até que isso acontecesse, ninguém prestava atenção. Foi certamente uma "chamada para acordar". "Até agora, nós só assumimos que bullying era parte da escola e que isso acontecia. Mas agora estamos pensando que talvez tenhamos de pensar atenção a seu impacto."

Alunos estão mais sensíveis hoje ou o bullying está mesmo pior nas escolas, até em razão do uso da internet?
Sempre existiu, não sei se está pior. É difícil afirmar porque nem todos os casos são informados. Muitos não são detectados. Se você presta atenção e deixa os alunos desde pequenos saberem o que não é um comportamento aceitável, você tem menos problemas.

Qual o papel dos diretores?
Devem ter menos papel administrativo e entrar mais nas salas de aula. Comunicar aos professores que o bullying não é aceitável.
É preciso ter instruções claras precisas de como lidar com bullying. É preciso ter uma política de não tolerância. E tem de haver uma conversa específica sobre o que é ou não intencional.
"Como você reage quando é com você? Como você administra o processo?" Com ambos, além da pessoa que faz. "Por que você está fazendo isso?" Existe algo a ser processado aqui.
Não apenas punição. A punição pode ocorrer, mas leve a pessoa a refletir sobre o que ocorre. Porque normalmente essas atitudes são sintomas de questões psicológicas.
Tem de haver discussão e programas para se aprender habilidades sociais, assim como aprendemos habilidades matemáticas.

Como fazer com alunos que vão à escola apenas como um evento social?
Não há uma única resposta para isso.
Quando estabelecido que há crianças em perigo social, temos que imaginar como especializar ou oferecer a elas uma experiência de educação diferente. Não disse menos experiência, mas uma experiência diferente.
Mas entendemos que algumas crianças têm o conceito de que educação não é importante. A abordagem que temos usado diz que é preciso reconhecer que os direitos à educação de um não podem se sobrepor ao direito dos outros.



Fonte: O Estado de S. Paulo

Governo de SP anuncia criação da Escola Virtual

Evesp vai utilizar ferramentas da tecnologia da informação na educação básica; cerca de 12 mil detentos poderão ser beneficiados
23 de maio de 2011 | 0h 00
Ocimara Balmant - O Estado de S.Paulo

Um decreto do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que deve ser publicado no Diário Oficial de amanhã, cria a Escola Virtual de Programas Educacionais, a Evesp. O objetivo é que o órgão trabalhe os conteúdos da educação básica (ensinos fundamental e médio) utilizando ferramentas de tecnologia da informação e comunicação.

"Não vamos tirar ninguém da sala de aula. O trabalho da Evesp será oferecer formação regular e de capacitação principalmente para os alunos que não conseguem se locomover", explica Herman Voorwald, secretário estadual de Educação.

Para isso, devem ser utilizadas a infraestrutura e as metodologias da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), o programa de expansão do ensino superior criado em outubro de 2008. "A Univesp é o nosso braço ágil", diz Voorwald.

Ações. O nome do responsável pela coordenação da Evesp ainda não foi definido, segundo o secretário, mas as duas primeiras ações já estão definidas: conteúdo de línguas estrangeiras em escolas regulares e atuação no sistema prisional paulista.

No caso do ensino de idiomas, a Evesp dará suporte aos Centros de Ensino de Línguas Estrangeiras (CELs). Existem 105 deles no Estado e a expectativa é de que 50 mil estudantes dos ensino fundamental e médio assistam 136 aulas de inglês oferecidas em formato presencial, mas com acesso a conteúdo virtual e sob a supervisão de um tutor. "Até o fim do ano queremos chegar a 100 mil alunos e ampliar a oferta de idiomas, como o espanhol", afirma Voorwald.

Teleaula na prisão. O outro foco já estipulado de atuação da escola virtual serão as unidades prisionais do Estado. A previsão é de que o início das aulas aconteçam no segundo semestre deste ano. Inicialmente, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, serão atendidos cerca 12 mil detentos nos ensinos fundamental, médio e profissionalizante.

O trabalho será feito em 100 unidades prisionais e o conteúdo será ministrado por meio de teleaulas em salas que também estarão equipadas com computadores. O material didático impresso será fornecido pela Secretaria de Educação e cada unidade terá um professor, além de alguns detentos que poderão atuar como monitores, pagos pelo serviço. "Teremos matriz curricular e carga horária definida. A diferença é que o modelo da Evesp vai permitir flexibilidade de tempo e de espaço", explica o secretário.

Polêmica. A implantação desse modelo de ensino nas prisões paulistas atende a um outro decreto do governo, de março deste ano, que institui um grupo de trabalho com a finalidade de propor políticas educacionais para os encarcerados.

São Paulo possui a maior população carcerária do Brasil: há 170 mil presos e presas no Estado, somando os que cumprem pena em regime fechado e os que aguardam julgamento. Desse total, mais da metade, 95 mil, não possuem o ensino fundamental completo.

O modelo de educação a distância(EaD), no entanto, não é bem-vindo pelas organizações que trabalham com o tema. No fim do mês passado, em seminário que discutiu os desafios para a implementação de diretrizes nacionais sobre a educação em prisões, houve críticas à EaD.

O formato resolveria o problema do ponto de vista prático, já que cumpre a lei que garante o direito do preso à educação, mas não teria resultados efetivos, uma vez que a situação peculiar dos alunos exige a presença de profissionais habilitados.



Fonte: O Estado de S. Paulo

Unesp adota software para evitar plágios

Ferramenta que compara textos vai ser usada principalmente pelos professores da Pós-Graduação
23 de maio de 2011 | 0h 00
Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) adotou um software para prevenir plágios em trabalhos e pesquisas acadêmicas. O programa será utilizado por todos os docentes de todos os câmpus da instituição - especialmente da pós-graduação.

Para detectar possíveis trechos idênticos aos textos de pesquisas antigas, o software Turnitin, desenvolvido por uma empresa norte-americana, conta com um imenso banco de dados. Segundo a universidade, são milhões de informações, entre teses, livros, dissertações, revistas científicas, sites e também artigos de diversos gêneros - a maioria em inglês.

O software é usado em mais de 2,5 mil universidades de todo o mundo - entre elas, a Universidade Harvard e a Universidade da Califórnia. No início do mês, foi oferecido aos professores de todas as unidades um treinamento para utilizar o programa, que não precisa ser instalado no computador: ele está disponível online e é acessível com os caracteres de usuário e senha que a própria Unesp vai oferecer, por meio de seus bibliotecários.

Segundo o professor titular do Departamento de Física da Unesp de Bauru Carlos Roberto Grandini, que participou do treinamento, o docente vai colocar o trabalho do aluno no sistema de busca, que vai se encarregar de buscar trechos semelhantes a outras publicações. "Se um trecho selecionado ficar vermelho, por exemplo, significa que ele tem um grau de 80% ou mais de equivalência a um texto previamente publicado", diz Grandini, que também é presidente da Comissão Permanente de Avaliação da Unesp (CPA). "As cores variam de acordo com o nível de igualdade dos textos que estão sendo comparados."

A partir dessas informações, o professor da graduação ou da pós-graduação vai decidir se o caso pode ser entendido ou não como plágio - a ideia é prezar pela ética e originalidade dos trabalhos desenvolvidos na Unesp.

Grandini já passou por algumas situações, como docente, em que detectou semelhanças entre os trabalhos dos seus alunos e a bibliografia do tema. "O software não é 100% eficiente, porque dependemos das consultas e da abrangência do material cadastrado no banco de dados", afirma. "Mas na internet a gente encontra de tudo hoje. Precisamos ter o mínimo de defesa."

De acordo com ele, a Unesp pretende abastecer o sistema do software com mais dados - com material de literatura científica em língua portuguesa.

PARA LEMBRAR

Em fevereiro, um docente em regime de dedicação exclusiva, Andreimar Soares, foi demitido da USP por ser o autor de uma pesquisa considerada um plágio de estudos do Instituto de Microbiologia da UFRJ. A pesquisa liderada por ele utilizou três imagens de microscopia eletrônica idênticas às publicadas pela UFRJ e envolveu 11 pesquisadores - entre eles, a ex-reitora da USP Suely Vilela.


0 comentários: